No início, dizem, era o verbo. Não consta pois que nesse já longínquo início houvesse o jogo e com ele todas as suas maleitas. No entanto a necessidade criou o engenho e do engenho se tirou água que muita sede matou, mesmo que algumas só tivessem ficado moribundas. Mas dessa necessidade existente do jogo, houve uns que se destacaram e se afirmaram. Hoje, neste presente afirmativo há um que nos domina. O nativo, pode não se ter juntado ao Império Romano que tanta morte e riqueza trouxe, mas por certo não negou o seu domínio. Hoje o jogo é outro. Não quero discutir as suas origens, se chinesas, se inglesas ou se Aztecas. No fundo o mundo é redondo e o objectivo do jogo é também baseado num objecto de cariz redondo, que alguns chamam O Esférico. Neste canto do CAOS, o seu membro Capitão também ele se sente afectado por esta onda de optimismo selectivo. Tem uma virtude esta paranóia, esta anestesia festiva, a de nos fazer acreditar que somos capazes de fazer alguma coisa. Mesmo que seja apenas acreditar que uns tantos homens vestidos de calções a correr atrás de uma coisa redonda a tentar meter a dita coisa num buraco aberto só por um dos lados nos podem fazer sentir melhores e mais felizes. Confesso, que nunca imaginei que as drogas legais viciassem tanto com as não legais. Para quem gosta do jogo pelo que ele tem de belo, este é de facto um belo jogo. 22 homens a correr atrás do tal esférico, mais
3 a correr atrás dos tais 22. E vale muito pelo que tem de simples, pelo que tem de fácil adesão mesmo a quem perceba pouco de jogos. Assim ele vale por si, pela beleza que tem, e pela capacidade de se fazer perceber facilmente e de gerar uma fácil adesão. Quem já jogou, sabe da beleza do mesmo, e o facto de pertencer a uma equipa que constrói algo, uma vontade colectiva que tem um objectivo comum. Ora bem, isto, todas as pessoas mais ou menos inteligentes percebem, que só se vence se a equipa se organizar e jogar para o mesmo lado. Claro que há vedetas, mas dessas rezará a história. Assim, se andamos, por querer ou imposição de cabeça posta no dito país dividido e agora de novo reunido, é porque alguma coisa de bom, ou
divertido aquilo deve ter. Eu confesso, gosto muito de o jogar. Às vezes também gosto de o ver, e outras até grito com os outros 3 que correm atrás dos outros 22. É engraçado, este jogo, e NUNCA se esqueçam,
antes de tudo é um JOGO. Assim, num jogo com duas partes há sempre uma que acaba derrotada e essa parece ser a pior parte, principalmente para quem ganha, que esquece que ganhou porque houve um derrotado, um pouco como a velha questão do outro…lá lá lá. Dos vencedores, justos ou não, o que é isso de justiça?, a história fará anais e se dirá umas verdades e umas mentiras. Mas dos derrotados quem falará? Eles se quiserem voltar a andar de cabeça erguida precisaram do optimismo dos realistas, que a vitória do outro se deve a ele, ao derrotado. Assim, se pelo norte, um grupo de homens não ganhar o troféu de um jogo, lembro, um jogo, tão desejado, não vem dai mal ao mundo. Mais jogos e mais jogadores com vontade de querer jogar, mesmo sabendo que poderão perder, virão. Quem ganha já só pode almejar outra vitória, ou então, como lembrava o já ido mestre, toda a vitória é uma derrota, porque já não pode vencer... Ou seja, num jogo, e isto, meus inúmeros leitores que não pretendo nomear, é apenas UM JOGO, ou melhor, vários, nada mais do que isso. Nesse jogo, alguns fazem a sua vida e o seu sentido, mas para a grande maioria ele é apenas uma assistência.
Vejamos então esta grande festa apenas como aquilo que ele é, um jogo belo e de regras simples, como o deveriam ser algumas coisas da vida. Temos, como se diz, equipa, só precisamos de acreditar que podemos chegar à vitória e que tanto grito e berraria farão sentido. Mas se isso não acontecer, só nos resta uma coisa, continuar OPTIMISTA.
Esta coisa não era bem para ser assim, mas tal qual como o tal jogo, ah o Futebol, e como a bola é redonda, olha saiu “def’rente”.
E se alguém não souber o que é um golo, não me venha aqui perguntar… siga para canto.
PS: à menina Rubío dos erros de sim-tá-che e orto gráficos, faça um favor a si mesma, nunca mais cá volte, e não perca tempo connosco que eu prometo perder algum consigo.